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O desafio das cotas obrigatórias para deficientes

O cumprimento da Lei de Cotas para pessoas com deficiência continua a ser o desafio para muitos empresários. A partir de 100 funcionários, passa a ser obrigatória a contratação de deficientes, cuja porcentagem varia de 2% a 5%, em função do tamanho da empresa. Segundo o Censo 2010, o Brasil tem 17 milhões de deficientes, e São Paulo, que é o principal mercado empregador de deficientes do país, registra 44% de adesão das empresas, enquanto no Rio, esse índice não chega a 20%.

Diante deste quadro, a Delphi, especializada e Medicina e Segurança de Trabalho, criou um programa que disponibiliza e orienta o preenchimento dessas vagas. Em um ano, a clínica atendeu a 84 empresas, o que resultou na contratação de 393 profissionais com deficiência. “Muitas vezes conseguimos preencher as cotas com funcionários da própria empresa, já qualificados”, esclarece David Gurevitz, diretor da Delphi.

Serviço: A Delphi fica na Avenida Presidente Vargas 529, 8° andar, Centro. Informações pelos telefones (021) 3233-5500/ 3233-5501.

Xadrez literário, o xeque-mate do Miraflores

O Colégio Miraflores ministra, no 6° ano do seu ensino fundamental, um verdadeiro xeque-mate curricular para estimular os alunos: nada menos que uma disciplina chamada “xadrez literário”. As aulas ganharam força e fama ao longo dos dois anos em que veem sendo ensinadas pela professora de literatura Alessandra Macedo Lameirão.

O objetivo do curso, porém, vai além de regras como táticas, raciocínio lógico e concentração. Objetiva, também aplica jogos e quebra-cucas capazes de estimular as crianças em todas as demais disciplinas. A intenção é ainda ajudar ao aluno, na fase de transição para a adolescência, a ser mais concentrado, conhecer reações pretensamente adversárias e enfrentar desafios. Uma das atividades realizadas com aprovação e sucesso foi assistir, na escola, ao filme “Alice no País das Maravilhas” e, em seguida, realizar um jogo cujas peças foram os personagens do filme. Uma brincadeira na verdade para motivar e incentivar a turma. “Há muitas mudanças do 5º para o 6º ano. A troca de turno, a quantidade de professores – que passa a ser um para cada disciplina e a junção de duas turmas. Usar o lúdico nesta fase colabora para enfrentar estes novos desafios pelos quais as crianças passam”, explica Alessandra.

Como melhorar (e saber usar) a memória

O que fazer para alcançar uma boa memória em meio ao turbilhão de novas informações que recebemos a cada dia? Segundo o neurologista Oscar Bacelar, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, a memória não funciona como uma câmera filmadora, mas registrando trechos do evento vivido. E a atenção e relevância do assunto são o que fazem aumentar sua retenção, nossos componentes afetivo e motivacional.

Nas salas de aula, por exemplo, é importante ter o professor como aliado no facilitador da aprendizagem. A forma com que as informações são passadas aos alunos e no tipo de relação que o professor mantém com eles fazem grande diferença. Informações decoradas podem ficar retidas por longos períodos, na dependência da sua relevância. Mas o aluno dificilmente conseguirá dissertar sobre o tema em questão e raciocinar criticamente se não houver registro de conteúdo.

Ao mesmo tempo, decorar como forma de arquivamento é uma forma de aprendizagem. “É muito útil para profissionais como músicos e atores de teatro. Existe um tipo de memória chamada priming, que evoca as informações por meio de dicas. Tempos atrás, nos vestibulares tínhamos que decorar a tabela periódica de química e para isso usávamos métodos mnemônicos. Mas este tipo de recurso não fazia com que lembrássemos da função do ferro, por exemplo”, diz o neurologista.

Para o neurologista, a melhor técnica para auxiliar na aprendizagem é rever e colocar em prática o conteúdo aprendido. Fazer resumo é útil. Ensinar para o colega também ajuda. “Sugiro também fazer um trabalho prático como construir uma pilha, uma rede elétrica – em série ou em paralelo ou viajar para o local que estudou. Ao buscar novas fontes sobre o mesmo tema, o aluno ampliará seu conhecimento”, acrescenta.

Quanto às novas tecnologias é preciso saber usá-las com bom senso. “Elas vêm sem manual de etiquetas e se forem aproveitadas adequadamente só ajudam no processo da aprendizagem. O problema é que as pessoas checam e-mail o tempo todo, e dão mais importância a quem está no celular do que quem está na sua frente. Este bombardeio de informações confunde e distrai o cérebro. E não dá para fazer tudo ao mesmo tempo. A culpa é nossa”, diz Oscar.

Nas escolas, os professores podem transformar os novos recursos tecnológicos em seus aliados. Alguns exemplos: criar chat com os alunos para tirar dúvidas, redes de debates sobre assuntos diversos, envio de matérias pela web para os alunos estudarem, exercícios interativos, trabalhos de pesquisa, aulas em multimídia (com vídeos do youtube), aulas não presenciais com professores de outras cidades e países. Enfim, as possibilidades são infinitas, do tamanho da web, conclui Oscar.